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Cerca de cinco meses depois da divulgação do relatório em que especialistas de três universidades públicas avaliaram a integridade das urnas eletrônicas usadas nas eleições do ano passado, o reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, foi recebido nesta quarta-feira (8) pelo presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes. Além da Unicamp, participaram da elaboração do relatório a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Na audiência, o reitor fez referência ao papel desempenhado pelo ministro ao conduzir a Justiça Eleitoral durante as eleições de 2022. Meirelles também lembrou a contribuição da Universidade com a Justiça Eleitoral na análise do código-fonte das urnas para mostrar à sociedade a lisura dos sistemas adotados no processo eletrônico de votação brasileiro.

“Participar dessa etapa foi motivo de orgulho para a Universidade e continuamos a atuar na Comissão de Transparência do processo eleitoral”, disse o reitor, ao se colocar à disposição para o trabalho conjunto e para eventuais ações futuras. É dever da sociedade, das universidades e do mundo acadêmico garantir que a democracia seja preservada.”

No dia 25 de agosto do ano passado, essas três universidades entregaram ao TSE as conclusões dos estudos que realizaram nos códigos-fonte do sistema eletrônico de votação e no modelo UE2020 da urna eletrônica, utilizado pela primeira vez nas eleições de 2022.

Professor do Instituto de Computação e diretor-geral de Tecnologia da Informação e Comunicação da Unicamp, Ricardo Dahab conta que a equipe da Unicamp examinou partes sensíveis do código-fonte da urna, responsável por todos os processos da votação, armazenamento seguro dos votos e geração e assinatura dos boletins de urna, entre outros.

O professor Ricardo Dahab: “A Unicamp se orgulha de ter contribuído para a lisura do processo eleitoral” (Foto: Antonio Scarpinetti)
O professor Ricardo Dahab: “A Unicamp se orgulha de ter contribuído para a lisura do processo eleitoral” (Foto: Antonio Scarpinetti)

“Essa análise, executada com total liberdade, resultou num diagnóstico sem qualquer indicação de impropriedade ou suspeição no código-fonte. Às mesmas conclusões chegaram as equipes da USP e UFPE, relativamente aos aspectos que lhes couberam examinar”, disse o professor.

O especialista lembrou ainda que não houve relatos de fraude ou suspeição durante as fases de preparação e operação das urnas nos dois turnos das eleições de 2022.

“A Unicamp se orgulha de ter contribuído para a lisura do processo eleitoral, vital para a manutenção da nossa democracia”, concluiu Dahab.

A UFPE e a Unicamp foram parceiras do Tribunal na iniciativa-piloto de disponibilizar os códigos-fonte para serem guardados e inspecionados fora das dependências do TSE. 

Ataques

A visita de Meirelles a Alexandre de Moraes coincide com o aniversário de um mês da invasão de prédios dos três poderes por grupos inconformados com os resultados das eleições, numa ação sem precedentes na história recente do país. Moraes é o responsável pelos inquéritos abertos para a apuração de responsabilidades pelos atos de vandalismo e a tentativa de golpe de Estado.

O reitor entregou ao ministro uma placa de agradecimento em razão dos serviços prestados por ele à democracia.

“A Unicamp confere o reconhecimento ao excelentíssimo senhor presidente do TSE pela firmeza na defesa da democracia, lisura do processo eleitoral, sua coerência e fidelidade à Constituição”, diz a mensagem.

De instituição para instituição

Também participou do encontro no TSE a superintendente do Hospital de Clínicas da Unicamp, Elaine Ataíde, primeira mulher eleita para o cargo. Ela ressaltou o objetivo de formalizar o agradecimento de uma instituição a outra instituição.

Ao agradecer, o presidente do TSE destacou a importância do diálogo com as universidades, que são “instituições autônomas, sem vínculo com o Poder Judiciário ou político partidário”.

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